terça-feira, 3 de junho de 2008

O ALPINISTA

Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu depois de muitos anos de preparação,escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.
Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar,e resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo.
Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz; não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua, e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.
Subindo por uma "parede" a apenas 100m do topo ele escorregou e caiu. Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade.
Ele continuava caindo ... e, nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade . Shack! Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.
Nesses momentos de silêncio, suspendido pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:
- Ó, meu Deus, me ajude ! ! !
De repente uma voz grave e profunda vinda do céu, respondeu:
- QUE VOCÊ QUER DE MIM, MEU FILHO?
- Me salve, meu Deus, por favor! ! !
- VOCÊ REALMENTE ACREDITA QUE EU POSSA TE SALVAR ?
- Eu tenho certeza, meu Deus! ! !
- ENTÃO CORTE A CORDA QUE TE MANTÉM PENDURADO . . .
Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda à corda e refletiu que se fizesse isso, morreria...
Conta o pessoal de resgate que no outro dia encontrou um alpinista congelado... morto... agarrado com força... com as suas duas mãos a uma corda... A, TÃO SOMENTE, DOIS METROS DO CHÃO...

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